Portal do Governo Brasileiro
2012 - Livro Vermelho 2013

Aechmea apocalyptica Reitz VU

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 12-04-2012

Criterio: B1ab(iii,v)+2ab(iii,v)

Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Aechmea apocalyptica é endêmica do Brasil e tem distribuição restrita (EOO=8.759,10 km²) aos Estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e, possivelmente, Paraná. Apesar da baixa AOO (16 km²), suspeita-se que a espécie também ocorra em outras áreas dentro de sua distribuição. Porém, estima-se que sua AOO não ultrapasse 2.000 km². Foram identificadas três situações de ameaça distintas. A espécie apresenta hábito epífitico e terrícola, em matas de araucária, CampoSujo e na orla e no interior de capões, e capacidade de dispersão restrita. Tem valor ornamental e sua população foi reduzida durante o período de atividades do Serviço Nacional de Malária, quando foram retirados ca. 74.194 indivíduos de bromélias do ambiente e foram destruídas/desmatadas áreas com ca. 79.570 m². Assim, A. apocalyptica foi avaliada como "Vulnerável" (VU).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Aechmea apocalyptica Reitz;

Família: Bromeliaceae

Sinônimos:

  • > Ortgiesia apocalyptica ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Dados populacionais

Segundo Bataghin et al. (2010), em estudo sobre a distribuição da comunidade de epífitas vasculares em sítios sob diferentes graus de perturbação na Floresta Nacional de Ipanema - SP, a espécie foi classificada em penúltimo segundo o valor de importância epifítica no ambiente Remanescente Isolado/Alterado.

Distribuição

Distribuição: São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Forzza et al., 2010). Característica dos capões de borda oriental do planalto situados entre 800 e 1200 m de altitude (Reitz, 1983).

Ecologia

Erva epífita ou terrícola, pequena, de aproximadamente 40 cm, de luz difusa ou heliófita muito rara; desenvolve-se na orla e no interior dos capões c como epífita ou terrícola ou talvez também nos subbosques dos pinhais; da borada oriental do planalto, no alto da Serra do Mar, no extremo nordeste de Santa Catarina. Fértil em setembro (Reitz, 1983), polinizada por aves e dispersada por animais (Silva et al., 2009).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Segundo Reitz (1983), durante o período de atividades do Serviço Nacional de Malária, foram retirados ca. 74.194 indivíduos de bromélias do ambiente e foram destruídas/desmatadas áreas com ca. 79.570 m². Mesmo não sendo indicada como uma das espécies preferencialmente retiradas da natureza, A. apocalyptica provavelmente ocorria nas áreas destruídas ou desmatadas.

3.4 Material
Detalhes Segundo Reitz (1983), durante o período de atividades do Serviço Nacional de Malária, foram retirados ca. 74.194 indivíduos de bromélias do ambiente e foram destruídas/desmatadas áreas com ca. 79.570 m². Mesmo não sendo indicada como uma das espécies preferencialmente retiradas da natureza, A. apocalyptica provavelmente ocorria nas áreas destruídas ou desmatadas.

Ações de conservação

5.7 Ex situ conservation actions
Situação: on going
Observações: A espécie está em cultivo no JBRJ (Nara Vasconcelos, com. pess.).

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: Consta como "Deficiente de Dados" (DD) no Anexo II da Lista Vermelha Oficial do Brasil (MMA 2008).

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Citada como Rara na Lista Vermelha da flora ameaçada de Santa Catarina (Klein, 1990).

Usos

Referências

- SILVA, C. R., BARBOSA, J. M.; CARRASCO, P. G. ET AL. Chuva de sementes em uma floresta alta de restinga em Ilha Comprida (SP), Cerne, v.15, p.355-365, 2009.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

- KLEIN, R. M. Espécies raras ou ameaçadas de extinção do estado de Santa Catarina. IBGE, Diretoria de Geociências, 1990. 287 p.

- BATAGHIN, F. A.; BARROS, F.; PIRES, J. S. R. Distribuição da comunidade de epífitas vasculares em sítios sob diferentes graus de perturbação na Floresta Nacional de Ipanema, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, v. 33, n. 3, p. 501, 2010.

- REITZ, R. Bromeliáceas e a malária - bromélia endêmica, Flora Ilustrada Catarinense, Itajaí - SC, p.808, 1983.

- FORZZA, R.C., COSTA, A., SIQUEIRA-FILHO, J.A., MARTINELLI, G. Bromeliaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB005761>.

Como citar

CNCFlora. Aechmea apocalyptica in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Aechmea apocalyptica>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 12/04/2012 - 18:42:34